Quantas abas você tem abertas no seu navegador? Quantas páginas diferentes você vê na web em um único dia? Normalmente, cada uma delas tem, pelo menos, um anúncio.
Não tem como escapar!
É por isso que cada vez mais os usuários estão instalando programas ad-block para esconder anúncios barulhentos e invasivos enquanto navega na web. Eles estão até mesmo forçando tribunais a julgar processos.
Então chega de anúncios, isso é bom, certo?
Calma. Os gastos com publicidade estão crescendo, mesmo em face dos novos players como Ad- blockers e bots. É por isso que inovações e novas ideias são necessárias. Minha vez: por que os anúncios on-line são tão chatos?
Porque eles interrompem algo que você está tentando ver.
Conheça a publicidade nativa: baseados no contexto e pagos pela marca, os anúncios nativos se misturam perfeitamente com a experiência do usuário, seguindo o formato natural da mídia. Existem alguns bons exemplos por aí, como o artigo do The New York Times patrocinado pela Netflix para promover a série Orange is the New Black. A pesquisa do Mashable sobre a UX móvel apresentada pela MasterCard, a reportagem no Wired sobre o Futuro da TV promovida pela Netflix, e a série Working Better da Xerox e The Atlantic.
Mas isso não é só “advertorial”?
Os anúncios nativos têm que se encaixar no estilo editorial da publicação e fornecer as informações o público espera. Eles são pagos, mas, bem camuflados na publicação. Obviamente, é uma questão de reputação e integridade da editora expor de forma confiável todas as empresas envolvidas. Com o marketing de conteúdo, a marca se torna o editor: por exemplo, EniDay, a plataforma original de storytelling da Eni; Ideas That Travel, uma parceria da TED e Qantas, e a já famosa página do Facebook Humans of New York, que se tornou uma completa gama de produtos.
Então eles são anúncios, mas não são anúncios?
Isso mesmo. Até porque as redes sociais estão trazendo conteúdos bem formatados para mostrar-lhe os melhores artigos e histórias como os Artigos Instantâneos do Facebook, o iAd News da Apple e os projetos de AMS do Google, antes daquelas porcarias de clickbaits (isca de cliques).
Existe um padrão aqui.
Exatamente. Cada empresa está se tornando uma empresa de mídia. E talvez mais importante, algumas empresas de mídia estão vendendo sua experiência para ajudá-los. Então a RedBull tornou-se uma editora com RedBull Media House, enquanto muitos jornais famosos com reputação e competência criaram startups internas para ajudar as marcas a publicar conteúdo. Veja TBrandStudio do NYT, GuardianLabs do The Guardian, StoryWorks da BBC e Kinection da Bloomberg.
E o que vem depois?
As editoras se tornaram agências, empresas de tecnologia agora atuam como editoras – de qualquer forma, o conteúdo é quem manda. O exemplo mais recente é o da Amazon Prime, que em 18 de novembro irá apresentar “Grand Tour”, uma nova série apresentada pela ex-estrela do programa Top Gear da BBC Jeremy Clarkson e o seu time. O show terá a sua própria plataforma dedicada, o DriveTribe, onde os amantes de carros podem compartilhar opiniões e comentários sobre as montadoras. Você pode apostar que os anúncios nativos estarão lá. E, se bem feitos, ninguém nem vai perceber.
Eu mal posso esperar!
Então fique ligado, e nos vemos no próximo R20 da Reply!